Querida mãe:
Há sempre tanta coisa que se diz e nunca nada será suficientemente justo para te definir. Aproveito a letra do Vasco, do programa da manhã da rádio comercial, que te ensinei a gostar de ouvir, porque de todas as coisas, o que mais gosto, mesmo, é de te ouvir rir. Não sou eu que o digo, são as pessoas que nos conhecem que dizem que temos uma voz parecida. O riso então é quase um plágio. Além disso o Vasco, com a sua letra, e a rádio comercial no seu vídeo dizem tudo e fazem-no com uma qualidade que eu não conseguiria superar
Para além disso, transcrevo aqui um dos poemas do meu livro Versejando pelos caminhos da Alma, que um dia escrevi porque foste tu que me ensinaste a escrever, para além daquilo que me ensinaste a ser. Porque foste tu com as ofertas dos teus livros em branco, que me incentivaste, sempre, a escrever e porque eu sei, porque sempre adorei história, sobretudo a minha história genealógica, que esta veia poética e artística me foi transmitida pelo teu lado da família, que apesar de por vezes te fazer sofrer, é o meu braço esquerdo da vida, de que, ao contrário do que tu pensas, sempre me orgulhei muito – foi do lado esquerdo que a natureza nos colocou o coração ! Beijinhos e obrigada
E só não coloco aqui uma foto tua porque desconfio ( com quase a certeza) que não irias gostar 😀