Dizem que tem mais encanto na hora da despedida, mas não me consigo despedir dela
Volto sempre lá quando é preciso pôr o contador a zeros e felizmente dão-me sempre a desculpa ideal para isso.
Foi lá que me descobri é lá que me encontro quando a secura do caminho se torna demasiado árida e é necessário pensar, reflectir e ouvir quem me entende. Quem sabe que por mais que me perca hei-de encontrar sempre um caminho, o meu caminho. Isso, por mais estranho e difícil que seja hoje, viver no nosso mundo, não tem preço, não se compra nem se vende, apenas existe.
Não há nada como termos um local que é o nosso santuário, onde vamos sempre que é necessário reflectir.
Coimbra foi a minha Primavera e há-de ser o início do meu Outono. Recomecemos…
Oh Coimbra do Mondego
e dos amores que eu lá tive
Quem te não viu anda cego
quem te não ama não vive
Do Choupal até à Lapa
foi Coimbra meus amores
e sombra da minha capa
deu no chão abriu em flores
[ letra de António de Sousa música de António Faria da Fonseca interpretada por muitos mas principalmente por José Afonso]