Talvez por ter aprendido muito cedo que nada dura para sempre, mesmo os nossos desejos mais queridos, aprendi a dar a volta à vida da maneira em que me pareça mais bonito olhar para ela.
É uma forma de estar difícil de aprender, mas recompensadora.
Também tenho os meus momentos “pessimaus”, também tenho as alturas em que só me apetece baixar os braços, desistir e chorar ( sim esses são os melhores dos piores, aqueles em que abro as comportas e pareço um dilúvio, com direito a trovoada e por vezes tempestade e tudo).
São os silêncios da vida.
O escuro que precede nova luz.
Importantes estes momentos também, para libertar das amarras, para retirar de tudo o que se move à nossa volta, a força para pintar o quadro das cores que mais gostamos.
Uma tragédia não é a vida acontecer tal como é a sua natureza. Tragédia é não queremos aceitar a natureza contraditória da vida.
É por isso que mesmo nos piores momentos me vem à cabeça a cena do filme “clube dos poetas mortos” em que professor demonstra aos rapazes a natureza efémera da vida: “Carpe Diem” . É por isso que os bons professores são insubstituíveis.
A vida é feita do dia a dia e não só de dias especiais. Faz-se de trabalho e de lazer, de diversão e tédio, de alegrias, tristezas e diferentes pontos de vista. Fazer cada momento um pedaço de felicidade disfarçada é que pode ser o segredo da vida boa. Fazer cada minuto valer a pena.
“Tragédia é não queremos aceitar a natureza contraditória da vida.” ❤ É mesmo! Pois é assim que, voluntariamente, escolhemos a via do sofrimento.
A dor é inevitável. Já o sofrimento, pode evitar-se!
Grata pela partilha. Só me cruzei com este blogue hoje e as leituras que fiz souberam-me bem! 🙂
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